Com três pedidos de benefício negado pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a ex-sinaleira Cleomar Marques contou em entrevista ao Jornal de Rondônia 1ª edição, na TV Globo, as dificuldades impostas pelo órgão para ela receber o pagamento do auxílio em Porto Velho, capital do estado.
Uma das justificativas apontadas pelo INSS para não conceder o auxílio foi que Cleomar não poderia assinar os papéis.
“Uma servidora puxou os papéis e perguntou: ‘quem vai assinar? Você assina?’. Eu disse que não podia assinar, mas sim a minha filha ou minha mãe. A mulher então olhou e disse: ‘ah, então não vale’. Daí ela pegou, rasurou o papel e jogou fora”, disse a ex-sinaleira à reportagem do jornal.
Cleomar não desistiu e realizou um novo pedido junto ao INSS. Desta vez, o requerimento era para o benefício assistencial à pessoa com deficiência, também negado pelo órgão.
A ex-sinaleira trabalhava em uma das usinas de Porto Velho. Mas, após complicações em uma cirurgia, ela entrou em coma e teve infecção generalizada. Com isso, seus membros foram necrosando e tiveram que ser amputados.
Cleomar disse ainda que necessita do benefício, pois após a amputação sua mobilidade ficou reduzida e ela precisa da ajuda da filha para tomar banho e se alimentar.
“Olha, é um constrangimento para mim tudo isso. Eu trabalhava, tinha minha vida e agora sou dependente dos outros. É a minha filha, única que mora comigo, que faz tudo para mim”, desabafou.
IstoÉ
09:50:11