O leilão da maior concessão rodoviária já feita no País, o lote Piracicaba-Panorama (chamado PiPa), deve agitar o mercado na próxima quarta-feira, 8, na B3. O certame, primeiro da administração do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), será um termômetro importante para medir o apetite dos investidores nacionais e estrangeiros pelas estradas paulistas. Alguns riscos decorrentes de modernizações feitas pelo governo, entretanto, devem fazer parte da conta a ser feita pelos concessionários.
O certame deveria ter acontecido no dia 28 de novembro, mas foi postergado depois de representação contra o edital. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) julgou a queixas como improcedentes, mas pediu um prazo de mais 25 dias para que fosse feita a concorrência. Isso porque o tribunal determinou a republicação de um esclarecimento sobre o edital.
No total, a concessão tem previsão de investimentos da ordem de R$ 14 bilhões em 30 anos para o trecho entre a cidade de Piracicaba, na região de Campinas, e o município de Panorama, no extremo Oeste do Estado, divisa com o Mato Grosso do Sul. Lançada em meados de 2019, a concorrência engloba 218 quilômetros atualmente operados pela concessionária Centrovias, do Grupo Arteris, cujo contrato vence no primeiro trimestre deste ano, além de 1.055 quilômetros operados pelo DER-SP.
O projeto é a maior concessão rodoviária do País. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a quilometragem média das concessões no Brasil é de 482,6 km, contra 1.273 km do lote PIPA.
Estadão Conteúdo
12:20:03