Em livrarias, pela Internet ou nas ruas, os chilenos esgotam as edições de sua Constituição – um legado da ditadura de Augusto Pinochet -, em pleno processo para mudá-la pela primeira vez desde a volta à democracia.
O texto legal é o livro de não ficção mais vendido da última semana em livrarias de Santiago e também no comércio de rua, que floresce nestes dias no calor das marchas multitudinárias.
“A Constituição, meninos… Barata, para votarmos”, gritava um vendedor ambulante na avenida Alameda, onde vendia a 1.000 pesos (1,3 dólar) a versão pirada da Carta Magna.
“Queima essa bobeira, irmão!”, gritou um pedestre ao passar ao seu lado, desconfiado do acordo alcançado na semana passada pelo Congresso para convocar um plebiscito para abril no qual se votará em uma mudança da Constituição e se definirá o mecanismo de mudança, em uma tentativa de silenciar os protestos sociais que eclodiram há um mês no Chile.
AFP
09:55:03