Os protestos que tomam as ruas da Bolívia há quase um mês deixaram ao menos 23 mortos e 715 pessoas feridas, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Apenas na sexta (15), a CIDH registrou nove mortes após um confronto entre apoiadores de Evo Morales e as forças policiais.
A comissão também denunciou como “grave” um decreto do governo interino de Jeanine Áñez que isenta as forças militares de responsabilidade criminal. O ex-presidente da Bolívia Evo Morales disse à agência de notícias EFE que teme que possa acontecer uma guerra civil no país e pediu que seus compatriotas terminem imediatamente os confrontos.
No Chile, o Instituto Nacional de Direitos Humanos do país denunciou que forças de segurança impediram o socorro de uma vítima de ataque cardíaco em meio a protestos. O caso se junta a outros mil acusações de abuso, que vão de tortura a violência sexual, investigadas atualmente por promotores públicos. Os protestos no país deixaram mais de 20 mortos.
A onda de violência fez com que o presidente chileno, Sebastián Piñera, condenasse pela primeira vez os abusos cometidos pela polícia nas manifestações.
“Houve uso excessivo da força, foram cometidos abusos ou delitos e não se respeitaram os direitos de todos”, disse Piñera.
G1
09:40:32