Evo Morales renunciou à presidência da Bolívia em meio a uma profunda crise política no país. Ele deixou a capital La Paz e desembarcou em Cochabamba, região que o viu nascer, para se encontrar com líderes cocaleiros. O comandante-chefe das Forças Armadas da Bolívia, o general Williams Kaliman, pediu hoje a Morales que renunciasse, em meio a protestos por sua questionada reeleição na votação de 20 de outubro, nas quais a OEA (Organização de Estados Americanos) viu irregularidades.
“Após analisar a situação conflituosa interna, pedimos ao presidente de Estado que renuncie a seu mandato presidencial permitindo a pacificação e a manutenção da estabilidade, pelo bem da nossa Bolívia”, disse o general Kaliman à imprensa.
O líder regional opositor boliviano Luis Fernando Camacho entregou hoje na sede de governo, em La Paz, uma carta de renúncia que pretende que Evo Morales assine e uma Bíblia, conforme havia prometido. Acompanhado por uma multidão, Camacho entrou na sede de governo da Praça Murillo junto com o dirigente cívico de Potosí (sul) Marco Pumari. (Uol)
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