O recuo da Petrobras de adiar por mais alguns dias o reajuste no preço do diesel, horas depois de ter anunciado o aumento de 5,7%, joga para baixo as ações da estatal no pré-mercado de Nova York e também empurra os papéis para o negativo na B3. A decisão, conforme participantes do mercado, sugere ingerência política, o que é “péssimo”.
Em entrevista à Rádio CBN, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que a determinação do presidente Bolsonaro de recuar na decisão foi caso “isolado”. Mourão disse crer em bom senso e que não se repetirá a política de preços adotada do governo Dilma Rousseff (PT).
Além da estimativa de desempenho desfavorável das ações da empresa, a possibilidade de atraso na admissibilidade da reforma da Previdência continua no radar dos investidores, o que também deve impedir o índice de subir, a despeito do crescimento das exportações na China, o que pode diminuir as preocupações quanto ao desaquecimento econômico mundial.
Para completar, a atenção do mercado hoje ainda deve recair sobre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-Rio), após a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentar parecer ao Supremo Tribunal Federal com base em laudo da Polícia Federal que aponta pagamento de propina da Odebrecht no valor de R$ 1,4 milhão para codinomes que se referem a Maia e a seu pai, o vereador César Maia (DEM-RJ).
IstoÉ
12:20:02