Três em cada quatro alunos matriculados em cursos de ensino superior estão na rede privada. A expansão do setor, que ganhou fôlego a partir dos anos 2000 graças a programas como Fies e Prouni, hoje está atrelada a outra forma de financiamento: a realizada pelas próprias instituições de ensino.
Depois da readequação do Fies e da consequente redução de financiamentos por ele ofertados, a partir de 2018, entidades passaram a buscar alternativas para garantir um bom número de estudantes em suas instituições. “Pesquisas mostravam que alunos tinham receio, por exemplo, de fazer empréstimos em bancos”, conta o diretor do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior de São Paulo (Semesp), Rodrigo Capelato.
As pesquisas também indicavam que alunos confiavam em alternativas criadas pelos próprios institutos. Como instituições não podem cobrar juros, as prestações são indexadas de acordo com a mensalidade da faculdade.
Se uma mensalidade custa R$ 1 mil, por exemplo, o estudante se compromete a pagar prestações mais baratas. O desconto é cobrado depois, quando ele se forma. Mas aí, se o valor da mensalidade subiu, ele pagará o valor proporcional. Se o desconto for de 50% e mensalidades são de R$ 500, ele passa a pagar, depois de formado, metade do valor da mensalidade vigente. “Se o valor subiu para R$ 1.200, ele pagará R$ 600.”
Estadão Conteúdo
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