Na madrugada de 23 de março de 2025, equipes de resgate palestinas foram atacadas por forças israelenses enquanto respondiam a um chamado em Rafah, sul de Gaza. O paramédico Munther Abed, do Crescente Vermelho, sobreviveu ao ataque que matou dois colegas. Ele relatou ter sido detido e espancado por soldados israelenses antes de ser liberado.
Ao todo, 15 socorristas foram mortos — incluindo profissionais do Crescente Vermelho, da Defesa Civil palestina e um funcionário da ONU. Os corpos foram enterrados em covas rasas ao lado dos veículos destruídos. As equipes estavam uniformizadas e com os veículos claramente identificados, segundo relato da ONU e um vídeo divulgado pelo The New York Times.
Inicialmente, o Exército de Israel alegou que os veículos avançaram de forma suspeita e sem sinalização. Após a divulgação do vídeo, Israel reconheceu inconsistências nos relatos e afirmou que o caso ainda está sob investigação, mantendo a alegação de que alguns mortos seriam membros do Hamas.
O Crescente Vermelho rejeitou a versão israelense, afirmando que os tiros foram disparados com a intenção de matar, e pediu uma investigação internacional independente.