Para quem viveu os grandes carnavais de Presidente Venceslau, observar a cidade num domingo como este é desolador. Um silêncio absoluto paira no ar, contrastando com o barulho contagiante do resto do país. No país do Carnaval, nossa cidade parece viver dias de luto. Não se ouve um pandeiro, um surdo, um acorde de cavaquinho—nada que remeta à folia de Momo, uma das maiores festas populares do Brasil.
Presidente Venceslau tornou-se uma cidade fria para as festividades. Seu maior evento anual, a Faive, foi deixado à própria sorte. No Natal, um emaranhado de luzes se concentra em um único ponto, cuja magia se resume a alguns barraqueiros vindos de fora. Falta algo verdadeiramente popular, que dialogue com o espírito simples e festeiro do brasileiro. Agora, é o Carnaval que sofre as consequências desse desdém político.
Não há qualquer iniciativa para reunir foliões. Nem sequer um som mínimo instalado na praça para lembrar a data. As autoridades poderiam pensar em algo, ainda que modesto, para que a festa não passe com ares de velório. Uma cidade que já teve quatro carnavais de salão e até desfile de escola de samba, hoje está sufocada pelo desinteresse em relação ao gosto popular.
Falta vontade, falta criatividade, e que a população que se vire. O jeito é viajar ou buscar a folia em cidades vizinhas, onde a cultura popular ainda é valorizada. TONINHO MORÉ
Respostas de 2
Eu tenho o seguinte pensamento, dinheiro público deve ir para saúde e educação e não para bagunça. Os clubes (Venceslau Clube e Coroados) não tem nenhum interesse nisso. Acho até que a geração atual não liga muito para carnaval. Em anos passados eu tentei organizar matinês para crianças e um carnaval a moda antiga com bloquinhos e marchinhas e mesmo assim fui desestimulado. E pensando bem o Brasil esta num buraco moral, social e economico e não temos nada para comemorar é trabalhar e pagar imposto para a classe política viver como reis.
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