Limerência é um termo com o qual você pode não estar familiarizado. Ele descreve um desejo involuntário, incontrolável e obsessivo por outra pessoa. Essa fixação pode levar a um sofrimento significativo, perturbar a vida cotidiana e também pode ter impactos negativos em outras pessoas.
A limerência pode afetar qualquer pessoa, mas é mais provável que ocorra em indivíduos com ansiedade ou depressão. Acredita-se que afete de 4% a 5% da população geral, embora isso seja muito difícil de medir.
O termo foi cunhado pela psicóloga comportamental Dorothy Tennov em seu livro de 1979, Love and Limerence: The Experience of Being in Love. Ela a descreveu como um fenômeno psicológico único, diferente de se apaixonar, que é impulsionado por um desejo incontrolável por outra pessoa – o “objeto limerente”.
Qualquer pessoa pode se tornar um objeto limerente para alguém com essa condição – seja um amigo, colega ou um completo estranho. Esses sentimentos quase sempre não são correspondidos, pois uma característica central da limerência é a incerteza dos sentimentos do outro.
O período no qual uma pessoa está vivenciando esses sentimentos é chamado de “episódio limerente”. A duração de um episódio limerente varia de pessoa para pessoa.
Para algumas pessoas, como aquelas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), pode ser particularmente intenso, pois a paixão se combina com características como hiperfoco – uma fixação intensa em um interesse ou atividade por um longo período, algo familiar para muitas pessoas neurodivergentes.
Ainda há alguma discussão acadêmica sobre se a limerência é “natural”, como sugerido originalmente por Tennov em seu livro. Outros estudiosos apontam seu impacto negativo na vida cotidiana, incluindo a saúde mental da pessoa, e potencialmente na outra pessoa. Também é importante notar que a limerência não é um diagnóstico formal. G1