Os comerciantes brasileiros ficaram menos otimistas em janeiro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 1,1% em relação a dezembro, após três meses de avanços, já descontadas as influências sazonais.
O índice ficou em 109,0 pontos, permanecendo assim na zona de satisfação, acima dos 100 pontos. Na comparação com janeiro de 2024, o Icec teve ligeira redução de 0,1%.
Segundo a CNC, o resultado revela “moderação do otimismo dos comerciantes, impactado pelos desafios econômicos e pelos gastos típicos dos consumidores no início do ano, como IPTU, IPVA e custos escolares”.
Na passagem de dezembro de 2024 para janeiro de 2025, dois dos três componentes do Icec registraram diminuição. O componente de avaliação das condições atuais encolheu 1,7%, para 84,4 pontos, com quedas nos itens economia (-2,6%), empresa (-1,5%) e setor (-1,3%). O componente das expectativas caiu 1,7% em janeiro ante dezembro, para 136,7 pontos, com piora nos quesitos economia (-2,6%), setor (-1,7%) e empresa (-0,8%).
O componente das intenções de investimentos teve alta de 0,2% em janeiro ante dezembro, para 106,0 pontos, com avanços nos itens estoques (0,3%) e investimentos na empresa (0,3%), além de estabilidade na contratação de funcionários (0,0%).
“O cenário é de cautela para o comércio, o que nos alerta para a necessidade de redobrarmos esforços em prol da retomada econômica, especialmente em um momento de maior pressão sobre os custos. Por outro lado, é animador ver que os investimentos continuam avançando, o que demonstra o comprometimento dos varejistas com a superação dos desafios”, avaliou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, em nota oficial. EC