Durante uma operação de fiscalização contra o transporte clandestino em Caraguatatuba, no Litoral Norte de SP, um caso inusitado chamou a atenção no último final de semana. Uma van cedida pela Secretaria Estadual da Saúde a um município do interior de São Paulo, destinada ao atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), foi flagrada transportando nove convidados de um casamento.
Segundo as informações da Prefeitura Municipal, o grupo havia participado de uma cerimônia de casamento no dia anterior e utilizava o veículo para visitar a praia. A irregularidade configura desvio de finalidade de um bem público, o que levou o veículo a ser apreendido e encaminhado ao Distrito Policial sob escolta da Polícia Militar.
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso, enquanto o motorista foi multado pela Secretaria de Urbanismo em 500 VRMs, o que equivale a R$ 220 mil.
A fiscalização, realizada em parceria entre a Prefeitura de Caraguatatuba, EMTU, Artesp e Polícia Militar, tem como objetivo coibir o transporte clandestino, especialmente em veículos de turismo de um dia, reforçando a segurança e combatendo o uso indevido de recursos públicos.
A Secretaria de Saúde do Estado foi procurada pelo Jornalismo da Band Vale e informou que “o veículo é cedido ao município de Piquerobi, para assistência à saúde. A Pasta já está ciente da situação mencionada pela reportagem e adotará as medidas necessárias para rescindir o termo de permissão de uso concedida.” Band Vale
Conduta vergonhosa
A situação além de inusitada é vergonhosa, envolvendo a ambulância do SUS com permissão de uso da cidade de Piquerobi em Caraguatatuba, uma cidade turística e litorânea. O veículo, destinado ao atendimento de saúde, foi flagrado transportando pessoas da cidade para um casamento, desviando-se de sua finalidade oficial.
O caso está gerando indignação e repercussão de repúdio nas redes sociais levantando questionamentos sobre a utilização indevida de bens públicos. Ambulâncias são estritamente destinadas a serviços de saúde, como o transporte de pacientes, emergências médicas e ações relacionadas ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Até o momento, autoridades municipais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o ocorrido. A população, não só de Piquerobi e sim regional, aguarda esclarecimentos e possíveis medidas para apurar responsabilidades e prevenir novos casos semelhantes.
Eis fato que envergonha. AMN