O avião que caiu em Gramado, na Região da Serra, matando os 10 ocupantes e ferindo outras 17 pessoas, era um Piper Cheyenne, produzido pela fabricante estadunidense Piper Aircraft entre 1984 e 1991.
Por se tratar de uma aeronave com capacidade para até nove pessoas, não tinha caixa-preta – informação confirmada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) à Polícia Civil, o que pode dificultar a investigação, segundo especialistas.
“Então, a investigação vai ter que ser baseada, única e exclusivamente, nas imagens que a gente tem de câmeras de segurança e nos destroços da aeronave porque esse avião, infelizmente, não tinha a previsão de ter caixa preta. Ele não tem gravador de voo porque ele pode transportar até nove passageiros – você não é obrigada a ter. Então, acima disso, você precisa ter. Fora uma tecnologia mais antiga também. Hoje em dia, tem aeronaves um pouco menores até que já possuem”, explica Fabio Borille, especialista em segurança de voo.
Quando um acidente aéreo acontece, a busca pela caixa-preta é prioridade após o resgate sobreviventes. A peça é um sistema de registro de dados e voz do avião, que grava as últimas conversas da tripulação, além de informações da aeronave como velocidade, aceleração, condições climáticas, altitude e ajustes de potência.
Ela é dividida em duas partes: uma é o gravador de voz do cockpit (CVR), que captura as últimas horas de conversas entre a tripulação e sons internos da aeronave. A outra é o gravador de dados de voo (FDR), que captura informações técnicas sobre o trajeto adotado pelo avião até a queda. G1