A grande parte do que sabemos sobre pessoas que atingem idades avançadas, como nas “zonas azuis” famosas, baseia-se em dados falhos, aponta o pesquisador Saul Justin Newman, da University College London. Ele analisou registros de centenários nos EUA, Itália, França, Japão e outros países, concluindo que muitos supercentenários provêm de regiões com problemas de saúde
Newman destacou casos de fraude, como o de Sogen Kato, no Japão, cujo corpo mumificado foi descoberto anos após sua morte, enquanto as retiradas continuavam sendo cobradas. No Japão, uma investigação revelou que 82% dos centenários estavam desaparecidos ou mortos. Situações semelhantes foram descobertas na Costa Rica,
Apesar da controvérsia, Newman critica a validação de registros históricos, pois documentos incorretos podem perpetuar erros. A criação de um “relógio do DNA”, desenvolvido por Steve Horvath, surge como uma ferramenta para detectar fraudes, mas ainda é limitada na diferenciação entre idades extremas.