Uma operação da Polícia Federal cumpriu mandados de prisão preventiva, busca e apreensão contra quatro militares da ativa e um da reserva das Forças Armadas — além de um policial federal –, suspeitos de participar de um plano para executar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) e consumar um golpe de Estado que manteria Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022.
O papel de integrantes das Forças Especiais do Exército (os “kids pretos”, treinados em operações de contra-inteligência, insurreição e guerrilha) e o planejamento operacional descritos pelos policiais demonstraram a centralidade das Forças Armadas para a tentativa de impedir a posse de Lula.
Para pesquisadoras das instituições ouvidas pelo site IstoÉ, a Operação Contragolpe compõe com a Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro, um cenário inédito de responsabilização de oficiais e contribui para uma revisão da configuração atual das corporações, mas também coloca em xeque a postura conciliatória do governo federal na relação com os fardados. JV