A COP29 deste ano, presidida pelo Azerbaijão, está focada no tema crucial de financiamento climático, essencial para que os países em desenvolvimento enfrentem os desafios da mudança climática. O financiamento climático é uma questão complexa, pois envolve recursos financeiros que promovem o desenvolvimento econômico com baixa emissão de carbono e adaptação a eventos climáticos extremos, como infraestrutura para enfrentar inundações, energias limpas, carros elétricos, e iniciativas de reflorestamento.
No entanto, a definição exacta do que constitui “financiamento climático” ainda gera debates. A COP29 visa alinhar compromissos claros e definir um novo objetivo financeiro para além de 2025, complementando a meta inicial de 100 bilhões de dólares anuais, que os países desenvolvidos prometeram em 2009, mas falharam em cumprir até recentemente. A Índia e outros países em desenvolvimento exigiram contribuições maiores, demonstrando valores bem superiores aos acordados, enquanto as nações fizeram pedem que a China e os Estados do Golfo partilhassem a responsabilidade financeira.
Para obter esses fundos, várias propostas estão sendo consideradas, como a criação de um imposto global sobre os mais ricos, taxas sobre aviação e transporte marítimo, e reorientação de subsídios de combustíveis fósseis para energias limpas. O Banco Mundial, o FMI e o G20 desempenham papéis cruciais nessa diplomacia financeira, que visa não só aumentar os recursos, mas também viabilizar um sistema justo de apoio ao desenvolvimento climático global.