De um terreno carbonizado pelas chamas, brota o verde quase fosforescente de várias plantas no Parque Nacional de Brasília, uma prova da resiliência do Cerrado diante dos incêndios, embora cada vez mais colocado à prova.
Nesta reserva, os solos pretos e troncos chamuscados são os registros do fogo que, em setembro, queimou 1.470 hectares desse refúgio de água e fauna ao lado da capital do país, em meio a uma seca provocada por um recorde de 169 dias sem chuva.
Não foi um caso isolado. Com mais de 240 mil focos, 2024 já é o pior ano de incêndios no Brasil em mais de uma década, um fenômeno que os especialistas associam às mudanças climáticas.
Mas o Cerrado, a savana com maior biodiversidade do mundo, ao sudeste da Amazônia, possui há milhões de anos métodos para resistir às chamas e às altas temperaturas. AFP