A força-tarefa Bring Kids Back UA apresentou seu mais recente relatório, intitulado “Reintegração de crianças que sobreviveram à deportação e deslocamento forçado: padrões internacionais e melhores práticas para a Ucrânia”, em evento online realizado na quinta-feira (24), diretamente de Kiev.
Além de detalhar o desafio complexo de reintegrar as crianças deportadas para a Rússia, após seu retorno ao país de origem, o novo documento também mostra reintegrações bem-sucedidas de outros países e que podem ajudar a Ucrânia a desenvolver políticas de acordo com os padrões internacionais de direitos humanos.
“Para a maioria de nós, é difícil imaginar a experiência da criança arrancada de suas famílias, entes queridos e amigos e levada a milhares de quilômetros de distância”, destacou na ocasião Andriy Yermak, chefe de Gabinete da Presidência da Ucrânia.“As forças russas estão tirando seus documentos, dando a elas um novo nome, apagando suas memórias, sua cultura, sua língua. Esta não é apenas uma transferência forçada, é uma tentativa acabar com a sua compreensão de quem somos. É por isso que a reintegração é um dos elementos-chave para restaurar seus direitos.”
O Brasil tem protagonismo no debate. Brasília recebe no próximo dia 6 de novembro, a partir das 08h30, na Unidade Asa Sul da Casa Thomas Jefferson, o seminário internacional “Direitos Humanos de Crianças e Jovens em Situação de Guerra”. Com entrada gratuita e aberto ao público, o evento contará com a presença de representantes da força-tarefa Bring Kids Back UA e convidados especialistas em direitos humanos, direito internacional e relações internacionais, além de organizações da sociedade civil. Coluna do Mazzini