O governo brasileiro celebrou, na noite do último domingo (6), o anúncio feito pelo papa Francisco de tornar Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), um dos novos cardeais da Igreja Católica.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores diz ter recebido “com grande satisfação” a revelação de Jorge Bergoglio, que marcou um consistório em 8 de dezembro para a criação de 21 novos cardeais, sendo 20 deles aptos a participar de um eventual conclave, incluindo o religioso brasileiro.
“O governo brasileiro recebeu com grande satisfação o anúncio feito pelo Papa Francisco hoje, 6 de outubro, de novo cardeal: Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB”, declarou o Itamaraty.
Com a oficialização de Spengler durante a solenidade litúrgica da Imaculada Conceição, no Vaticano, o número de cardeais brasileiros passará “ao total de oito, dos quais cinco foram nomeados” pelo argentino.
Dom Jaime Spengler nasceu em Gaspar, no Rio Grande do Sul, em 1960, e ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1982. Formado em filosofia e teologia, o clérigo brasileiro cursou doutorado em filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
O religioso foi nomeado bispo auxiliar em 2010 pelo então Papa Bento XVI e assumiu a arquidiocese de Porto Alegre em 2013, escolhido por Francisco.
A nova nomeação deve fortalece as já estreitas relações entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Vaticano. Em abril passado, inclusive, o petista recebeu, em Brasília, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, para discutir temas como a liberdade religiosa, o combate à fome e a proteção dos povos indígenas no Brasil, de acordo com o Palácio do Planalto. (ANSA).