Sem eletricidade, e muito menos internet, os habitantes de Lyman aguardam ansiosos pela chegada de Valentina Bikova, a distribuidora de um jornal local, cuja cidade, a leste da Ucrânia, é regularmente bombardeada pelas tropas russas.
A mídia impressa se converteu em uma fonte de informação essencial para as pessoas que vivem perto da linha de frente que ainda não fugiram e que, em grande parte, estão isoladas do mundo exterior por causa dos combates.
“Às vezes não temos exemplares o suficiente para todo o mundo. É o único vínculo que temos com o mundo exterior”, explica Valentina, uma jornalista aposentada de 78 anos.
Ao mostrar as cópias de Zoria nas ruas, a idosa é abordada por uma dezena de aposentados ansiosos.
Para alguns leitores, o jornal é uma fonte de notícias confiáveis em um contexto de desinformação. Para outros, é simplesmente uma lembrança de sua vida antes da guerra. AFP