Israel bombardeou novamente, nesta quarta-feira (2), o sul de Beirute, um reduto do movimento pró-iraniano Hezbollah, e ameaçou Teerã com retaliação após o ataque com mísseis do dia anterior, ignorando os apelos internacionais para uma desescalada.
O Hezbollah anunciou pela manhã que confrontou soldados israelenses que tentaram se infiltrar no Líbano, um dia após o anúncio de Israel de incursões terrestres “limitadas” na fronteira libanesa.
O Exército libanês relatou uma breve incursão do Exército israelense no sul do país.
Israel e seu aliado Estados Unidos ameaçaram responder ao ataque lançado na terça-feira pelo Irã, que disparou cerca de 200 mísseis contra território israelense para vingar o assassinato dos líderes do movimento libanês Hezbollah e do Hamas palestino.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu o ataque iraniano como um “erro grave” e garantiu que Teerã “pagará” o preço da agressão que, segundo ele, buscou “matar milhares” de civis. “Quem nos ataca, nós atacamos de volta”, alertou.
O chefe do Estado-Maior iraniano, general Mohamad Baqeri, alertou que o Irã atacaria “com maior intensidade” e bombardearia “todas as infraestruturas” de Israel se fosse atacado em retaliação.
Na operação de terça-feira, batizada de “Promessa Honesta 2”, o Irã usou mísseis hipersônicos pela primeira vez, segundo a imprensa iraniana. Teerã afirmou que 90% dos mísseis atingiram o alvo.
O ataque deixou duas pessoas levemente feridas em Israel, segundo os serviços de emergência, e matou um palestino na Cisjordânia ocupada, segundo uma autoridade palestina.
De acordo com o Exército israelense, um grande número de mísseis foi interceptado pelo escudo antimísseis. Sirenes de alerta soaram em todo Israel e o espaço aéreo foi fechado. AFP