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Desemprego cai a nível recorde, mas mercado de trabalho forte preocupa

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Os dados de emprego divulgados na sexta-feira, 27, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reforçaram o cenário de um mercado de trabalho forte, com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) registrando 6,6% de taxa de desemprego no país, a menor taxa para um trimestre encerrado em a agosto na série histórica, iniciada em 2012.

O desemprego em patamares mínimos é sempre uma boa notícia. Mas, por outro lado, traz um desafio econômico, especialmente no cenário atual, em que se tem uma economia aquecida, um horizonte de pressão inflacionária e juros em alta. Na semana passada, o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy chegou a citar o baixo desemprego como “o bom problema” da economia”.

“Claro que é boa notícia ter um desemprego tão baixo. Mas temos pessoas mais ocupadas e ganhando mais. E isso acaba aumentando inflação”, diz Renan Pieri, professor de Economia da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV), em São Paulo.

A inflação é a principal preocupação. Isso porque, não só temos um recorde de 102 milhões de trabalhadores com emprego, mas também porque o rendimento real médio cresceu 5,1% em um ano, chegando a R$ 3.228, e com a massa salariam com aumento de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, lembra que além dos dados Pnad, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), compilado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, também veio forte, com a criação de 232 mil vagas em agosto. “O Caged está acima das 200 mil [vagas criadas] faz tempo. Mais um sinal do mercado muito aquecido, e com os salários subindo. Isso preocupa o BC”.

Na quinta-feira, o Banco Central divulgou o Relatório Trimestral de Inflação, e Gala destaca o ponto do documento dizendo que a desinflação nos núcleos parou, ao mesmo tempo em que a política monetária está no campo contracionista, ou seja, em trajetória de aumento de juros. ID

 

Uma resposta

  1. O desemprego não é uma anomalia do capital, mas um instrumento que serve para manter os salários baixos e a pressão em quem está empregado por isso que o “Mercado de Trabalho Forte Preocupa” porque a lógica da economia capitalista é contra o trabalhador. Alguém aí está preocupado com o mercado de trabalho forte? Claro que não! As pessoas querem trabalhar para melhorarem seu nível de vida.

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