Ataque é o mais letal de Israel contra o Líbano em 18 anos e fere 1.800 pessoas. Governo israelense diz que alvos eram arsenais do grupo xiita, mas há mulheres e crianças entre as vítimas.O maior e mais mortal ataque aéreo de Israel contra o Líbano em décadas deixou ao menos 558 mortos, incluindo 50 crianças, e 1.800 feridos nesta segunda-feira (23/09), segundo o Ministério da Saúde libanês.
Milhares de libaneses fugiram do sul do país, e a principal rodovia que sai da cidade portuária de Sidon ficou congestionada, com carros que se dirigiam a Beirute, no dia de ataques mais letal desde a guerra entre Israel e o Hezbollah, em 2006.
Os alvos dos bombardeios foram centenas de bases do grupo extremista Hezbollah onde eram guardados armamentos, de acordo com os militares israelenses. Os alvos estavam no sul do Líbano, no Vale do Beqaa, no leste do país e na região norte, perto da Síria.
Mais de 1.300 alvos do grupo xiita foram atacados, incluindo um “ataque direcionado” a Beirute, de acordo com militares israelenses.
“Estamos aprofundando nossos ataques no Líbano, as ações continuarão até atingirmos nosso objetivo de devolver os moradores do norte em segurança para suas casas”, disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, em vídeo.
Pouco antes da ofensiva, as Forças de Defesas de Israel tinham alertado a população civil para se afastar “imediatamente” de supostas posições e depósitos de armas do Hezbollah. Os moradores das áreas atacadas receberam mensagens de texto e de voz enviadas por Israel.
Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu para os libaneses deixarem suas casas. “Levem este aviso com seriedade”, disse em mensagem gravada em vídeo divulgada enquanto aviões de guerra israelenses atacavam áreas do sul e do leste do Líbano.
“Por favor, saiam do caminho do perigo agora”, afirmou Netanyahu. “Quando nossa operação estiver concluída, vocês poderão voltar em segurança para suas casas”, completou. DW