André Aon é um dos incentivadores do Basquetebol em Presidente Venceslau.
Em agosto de 2004, há 20 anos, comecei meu trabalho voluntário no basquete na Escola Antônio Marinho (IEE), com a geração de 1990, iniciados pelo professor Altino Mazzini. Depois disso, continuei como voluntário por mais um ano. Em 2006, recebi o convite do Flavinho para ajudar nos treinamentos dos meninos da cidade, prorrogando por mais um ano minha trajetória no basquete, agora não mais como jogador, mas como “professor”.
Em 2007, fui convidado a integrar o Projeto Vencer, idealizado pela ABPV – Associação de Basquetebol de Presidente Venceslau, onde comecei como estagiário nas escolinhas de base, evoluindo de voluntário para estagiário. Passados quatro anos, em 2010, me tornei o primeiro formando do projeto, concluindo a faculdade de Educação Física e avançando em minha carreira.
Minha trajetória continuou com a evolução de estagiário para técnico, atuando como técnico das equipes masculinas da cidade e auxiliar técnico das equipes femininas, tanto de base quanto adulta. Hoje, após 20 anos, vejo minha história escrita por pessoas que acreditaram e acreditam em mim e no meu trabalho. Sou grato por todas as orientações, elogios, críticas e conselhos recebidos ao longo dessa jornada.
Agradeço imensamente à Dona Maria Alice, que sempre esteve ao meu lado, lutando junto comigo. Sua contribuição, tanto dentro quanto fora da quadra, foi fundamental. Nunca esquecerei tudo o que fez por mim; sou uma pessoa melhor por sua influência.
Tive dois mentores excepcionais em minha vida, Flavio e Chris. Graças a vocês, consigo ver o basquete de uma maneira diferente, abrangendo treinamentos, cidadania, amizades e comprometimento. Sou muito grato a Deus por ter colocado vocês em meu caminho. Vocês foram o melhor espelho que alguém começando poderia ter. Sinto-me muito satisfeito por tê-los comigo em todos os momentos, dentro e fora da quadra.
Nestes 20 anos, conheci muitas pessoas, fiz amigos, colegas e adversários. Tenho amizades que levarei para o resto da vida e um carinho especial por cada um que passou por mim. Todos foram importantes naquele momento e continuam sendo importantes até hoje.
São duas décadas de lembranças de viagens, jogos, treinos e momentos inesquecíveis. Vivi muitas alegrias, tristezas, perdas e sofrimentos, mas nunca arrependimento. Prefiro acordar arrependido do que dormir na vontade.
Tivemos títulos inéditos para a cidade e para a escola, e também perdas que ainda sinto falta. Fiquei emocionado ao ver atletas se tornando pais, e como padrinho de atleta, acompanhei meninos passando na faculdade e se formando. Ver aquelas crianças se tornando homens e mulheres é motivo de grande orgulho.
São duas décadas de esforço, tentativas de ajudar de alguma forma e de tentar fazer o melhor. Sou grato a Deus por ter o privilégio de viver 20 anos fazendo o que mais amo, o que mais me faz bem.
Agradeço a todos que passaram por minha vida, aos que estiveram presentes e aos que nunca desistiram. Obrigado a todos que me ajudaram a chegar até aqui.
Finalizo com uma frase que sempre usei ao longo desses 20 anos: “Quem quer arruma um jeito, quem não quer arruma uma desculpa!” Eu sempre arrumei um jeito.