A Rússia lançou, na madrugada desta terça-feira (27), novos ataques com mísseis e drones contra a Ucrânia, que deixaram pelo menos cinco mortos, um dia após os maiores bombardeios contra a ex-república soviética desde o início da guerra há dois anos e meio.
Kiev, por sua vez, reivindicou novos avanços na região fronteiriça russa de Kursk e a captura de 594 prisioneiros desde o início de sua incursão surpresa há três semanas.
“Os crimes contra a humanidade não podem ser cometidos com impunidade”, disse o presidente Volodimir Zelensky em uma publicação nas redes sociais nesta terça sobre os ataques aéreos.
A morte de uma mulher no hospital mais cedo elevou para cinco o número de vítimas fatais dos ataques, segundo as autoridades. Dezesseis pessoas ficaram feridas.
Zelensky também afirmou nesta terça que suas forças utilizaram aviões de combate F-16 fornecidos pelo Ocidente para responder ao ataque.
Segundo o Exército ucraniano, as tropas de Moscou lançaram 91 dispositivos contra o seu território, dos quais conseguiram derrubar 60 drones explosivos Shahed e cinco mísseis de diferentes tipos.
Em uma coletiva de imprensa, o presidente ucraniano insistiu que o número de equipamentos recebidos por Kiev não era “suficiente”.
Jornalistas da AFP ouviram, durante a madrugada, uma forte explosão em Kiev, provavelmente devido à interceptação de um projétil russo pelas defesas aéreas.
As autoridades locais disseram que três das vítimas morreram na região de Zaporizhzhia e duas morreram na cidade central de Krivyi Rig, depois que um míssil atingiu um hotel.
No entanto, a vida em Kiev voltou ao normal pela manhã e seus habitantes foram trabalhar normalmente. AFP