O Corinthians intensificou sua crise política na segunda-feira, com um pedido de impeachment contra o presidente Augusto Melo, protocolado junto ao Conselho Deliberativo por um grupo de 90 conselheiros do clube. O dirigente ainda não se manifestou sobre a situação e espera a evolução dos trâmites internos para saber se de fato o pedido será acatado.
O próximo passo do processo, conforme detalhado no estatuto do clube, é a análise do documento, que fica a cargo de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo. Ele tem cinco dias para encaminhar o pedido à Comissão de Ética, presidida por Roberson de Medeiros. A partir daí, são mais cinco dias para a Comissão comunicar Augusto de que ele está sendo processado.
O presidente terá 10 dias, assim que receber o aviso, para apresentar sua defesa. Com a versão do denunciado em mãos, a Comissão de Ética tem um novo prazo de dez dias para entregar um parecer a Tuma. Então, é convocada uma reunião do Conselho Deliberativo para decidir sobre o encaminhamento do pedido de destituição.
Caso a solicitação seja aprovada, a sessão concede 30 minutos de palavra para Medeiros sustentar o parecer e o mesmo tempo para Augusto se defender. Depois dessas manifestações, o plenário do Conselho vota, de forma secreta, o pedido de impeachment. Aprovada a destituição, haverá ainda a convocação de Assembleia Geral, em até cinco dias, para votar a decisão em última instância. Neste cenário, o presidente fica cautelarmente afastado até a proclamação do resultado final. EC