As esperanças de um cessar-fogo em Gaza, onde o Exército israelense intensificou suas operações nesta quinta-feira (22), diminuem, apesar da pressão dos Estados Unidos sobre Israel e Hamas para que alcancem um acordo.
Um novo ciclo de negociações entre Israel e mediadores dos EUA, Catar e Egito deve começar esta semana no Cairo, embora ainda não tenha sido confirmado após mais de 10 meses de guerra.
O presidente americano, Joe Biden, insistiu na quarta-feira na urgência de um cessar-fogo em Gaza e na libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas, durante uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, segundo a Casa Branca.
Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel desde o ataque do Hamas em território israelense em 7 de outubro, que desencadeou uma implacável ofensiva militar na Faixa de Gaza.
Mas a relação entre Biden e Netanyahu esfriou e o presidente americano instou Israel a limitar o número de vítimas civis.
O gabinete de Netanyahu insiste em alcançar “todos os objetivos da guerra” e que isso requer “garantir a fronteira sul” do território palestino com o Egito.
O Hamas, que governa Gaza desde 2007, rejeita a manutenção de tropas israelenses neste setor do território e acusa o governo dos Estados Unidos de incluir esta condição na proposta mais recente de trégua, anunciada na semana passada, cujos detalhes não foram divulgados.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Anthony Blinken, concluiu na quarta-feira uma viagem ao Oriente Médio e destacou que Washington se opõe a “uma ocupação de longo prazo de Israel em Gaza”. AFP