Os esforços diplomáticos para alcançar uma trégua em Gaza e evitar uma guerra em larga escala no Oriente Médio se intensificaram após a retomada das negociações no Catar, onde os mediadores se preparam para uma segunda jornada de negociações nesta sexta-feira (16).
Após mais de 10 meses de conflito entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, os mediadores – Catar, Egito e Estados Unidos – trabalham para obter um cessar-fogo e a libertação dos reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza.
Os esforços também pretendem evitar um conflito regional após as ameaças do Irã contra Israel. Teerã prometeu vingar o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque em 31 de julho na capital iraniana atribuído ao Estado hebreu.
Em Israel, o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou aos homólogos da França e Reino Unido – –Stéphane Séjourné e David Lamy -, que espera a ajuda dos aliados para “atacar alvos importantes no Irã” caso a República Islâmica execute uma agressão contra seu país.
As negociações de Doha começaram na quinta-feira com a presença do diretor da CIA, William Burns, dos chefes dos serviços de inteligência israelenses e de mediadores do Catar e do Egito, mas o Hamas não enviou representantes.
As conversas prosseguem nesta sexta-feira, segundo o Catar. As negociações são baseadas em um plano anunciado em 31 de maio pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que prevê uma primeira fase com seis semanas de trégua e a retirada das tropas israelitas das áreas densamente habitadas de Gaza, além de uma troca de reféns israelenses por presos palestinos. AFP