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Brasil tem ligeira alta na qualidade da educação, mas fica longe da maioria das metas

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O Brasil registrou uma ligeira melhora na qualidade da educação básica, mas ainda se mantém distante de metas para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. O Ministério da Educação (MEC) divulgou os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 nesta quarta-feira, 14.

Principal indicador de qualidade da educação no Brasil, o Ideb inclui notas das redes pública e particular. Ele é composto pelas médias obtidas nas provas de Português e Matemática do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e pelos índices de aprovação verificados no Censo Escolar

A rede que oferece os anos iniciais (1º ao 5º) do ensino fundamental do País teve nota 6 no Ideb 2023, o que superou o patamar pré-pandemia (5,9) e atingiu a meta que deveria ter sido alcançada pela etapa ainda em 2021. A nota varia de zero a dez.

Já nos anos finais do fundamental (6º ao 9º), a educação brasileira alcançou 5 em 2023, ante 4,9 em 2019. A meta para essa fase era de 5,5.

No ensino médio, o Brasil ficou com 4,3. O índice é ligeiramente maior do que 4,2 registrados em ambos os ciclos anteriores. Apesar de pequena melhora, o índice é um ponto menor do que a meta de 5,2 para 2021.

O indicador foi criado em 2007 – na gestão de Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda no MEC -, com metas para as redes até 2021. Este é o primeiro ano no qual não há objetivos específicos a serem alcançados. O MEC, porém, tem considerado os objetivos para 2021 e afirma que elabora um novo indicador para a qualidade a partir de 2025.

“Não há nenhuma política pública que tenha êxito sem ter metas, objetivos, planejamento, estratégia. Esse é um encontro importante para educação pública brasileira para que a gente possa nortear os passos seguintes para educação básica no nosso País”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana.

Este é o primeiro ciclo analisado a fornecer indicativos sobre o impacto da pandemia de covid-19 na educação. Isso porque os dados referentes a 2021 acabaram prejudicados por causa das altas taxas de aprovação durante o período, já que grande parte das redes adotou o chamado “continuum curricular”, com a fusão dos anos letivos de 2020 e 2021.

“Não chegamos aos patamares de 2019, mas foi uma curva de aproximação”, admitiu o ministro.

Além disso, poucos estudantes fizeram o Saeb naquele ano, o que pode influenciar no indicador. Nesse contexto, especialistas afirmam que comparar as taxas verificadas em 2023 com a edição de 2021 causaria distorções. EC

 

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