Em meio a temores de um possível ataque iraniano a Israel, potências ocidentais lançaram uma série de alertas nesta segunda-feira (12/08) para que Teerã se abstenha de agir militarmente contra o território israelense, de modo a evitar um agravamento das tensões no Oriente Médio
O Irã e seu aliado libanês Hezbollah prometerem vingança após os ataques atribuídos a Israel no mês passado que mataram o líder político do grupo islamista palestino Hamas, Ismail Haniyeh, na capital iraniana, e um comandante do Hezbollah em Beirute.
Haniyeh estava em Teerã para a posse do novo presidente iraniano quando foi morto no ataque que o governo iraniano atribui a Israel. Um dia antes, um ataque em Beirute matou o líder do Hezbollah, Fuad Shukr.
Nesta segunda-feira, os esforços internacionais para impedir o possível ataque iraniano a Israel se intensificaram. O presidente americano, Joe Biden, e os líderes da Alemanha, França, Itália e Reino Unido emitiram um comunicado conjunto advertindo o governo iraniano.
“Apelamos ao Irã para que retroceda de suas ameaças recorrentes de um ataque militar contra Israel e discutimos as graves consequências para a segurança regional, caso tal ataque venha a ocorrer”, disseram os líderes ocidentais nesta segunda-feira.
Washington alertou que um “conjunto significativo de ataques” dos iranianos e seus aliados poderia acontecer já nesta semana, e que Tel Aviv compartilha dessa mesma avaliação. Os Estados Unidos enviaram um submarino com capacidade de lançar mísseis e um porta-aviões para a região, em uma forte demonstração de apoio a seu tradicional aliado.
Ao mesmo tempo, enquanto prosseguem os esforços diplomáticos, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, conversaram por telefone com o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, e pediram que seu país evite agravar a situação. Pezeshkian, porém, disse que o Irã tem o “direito de responder aos agressores”. AFP