Ativistas ambientais lançaram tinta vermelha e preta na mansão do jogador de futebol argentino Lionel Messi, na ilha espanhola de Ibiza, nesta nesta terça-feira (6). Segundo o grupo, o intuito era “chamar a atenção para “a responsabilidade dos ricos na crise climática”.
Membros do grupo Futuro Vegetal divulgaram um vídeo em frente à casa perto de Cala Tarida, costa oeste de Ibiza, com um cartaz com que dizia, em inglês: “Help the Planet — Eat the Rich — Abolish the Police” (Ajude o planeta, coma os ricos. Acabe com a polícia, em tradução para o português).
Em seguida, eles vandalizaram a fachada da mansão jogando tinta vermelha e preta na fachada branca.
O grupo afirmou em um comunicado que queria destacar o papel “dos ricos na crise climática”, ao atacar a mansão que afirmam ser “uma construção ilegal”.
O Futuro Vegetal citou um relatório da Oxfam de 2003 segundo o qual “o 1% mais rico da população mundial gerou a mesma quantidade de emissões de carbono em 2019 que os dois terços mais pobres da humanidade, apesar de serem as comunidades mais vulneráveis as que mais sofrem as consequências da crise”.
Messi, atualmente no Inter Miami da MLS, teria comprado a propriedade de um empresário suíço em 2022 por cerca de 11 milhões de euros (62 milhões de reais em valores da época), segundo relatos da imprensa internacional. A mansão possui um spa, uma sauna e uma sala de cinema.
A imprensa espanhola informou que a mansão não possui um certificado de ocupação, que deve ser emitido por um órgão governamental para atestar se estão em condições habitáveis, pois vários quartos foram construídos sem autorização.
O Futuro Vegetal, ligado a grupos internacionais semelhantes, realizou dezenas de protestos do mesmo tipo. Em 2022, seus membros colaram as mãos em molduras de pinturas do espanhol Francisco de Goya no Museu do Prado, em Madri.
No ano passado, ativistas do grupo lançaram tinta em um iate em Ibiza que supostamente pertencia a Nancy Walton Laurie, a herdeira do gigante americano Walmart.
A polícia espanhola informou que prendeu 22 membros do Futuro Vegetal em janeiro, incluindo dois que participaram no protesto do Prado e os três principais líderes do grupo G1