Os Estados Unidos reconheceram a vitória do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, na eleição presidencial da Venezuela, que ocorreu no último domingo. A declaração foi proferida pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, nesta quinta-feira (01/08).
“Devido às esmagadoras evidências, está claro para os Estados Unidos, e especialmente para o povo venezuelano, que Edmundo González Urrutia recebeu a maioria dos votos na eleição presidencial da Venezuela em 28 de julho”, disse Blinken.
A afirmação pressiona ainda mais o regime chavista, liderado por Nicolás Maduro, que há 11 anos preside a Venezuela. Maduro alega que venceu a eleição, mas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não divulgou a totalidade das atas que comprovariam o resultado final do pleito.
Nesta sexta-feira, González, Maduro e outros oito candidatos que concorreram na eleição devem comparecer à Suprema Corte do país a partir das 15h de Brasília para darem início a uma auditoria da votação.
Tanto o CNE quanto a Suprema Corte, no entanto, são alinhados com Maduro. O órgão eleitoral, por exemplo, é presidido por Elvis Amoroso, um aliado do atual presidente.
O resultado divulgado pelo regime, que apontou a vitória de Maduro, tem sido extremamente contestado pela comunidade internacional, a exemplo da União Europeia e diversos países latino-americanos, que preferem esperar a divulgação total das atas para se manifestar sobre o tema.
Como consequência, o regime chavista expulsou o corpo diplomático dos seguintes países: Argentina, Chile, Costa Rica, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai. DW