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Degelo do Everest reaviva fantasmas do passado

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Degelo do Everest reaviva fantasmas do passado
Barracas no Everest, no distrito de Solukhumbu, a cerca de 140 km ao nordeste de Katmandu (Nepal), em 1° de maio de 2021 – AFP/Arquivos

O desaparecimento da neve e do gelo nas encostas do Everest, consequência da mudança climática, traz à luz corpos de centenas de montanhistas que morreram tentando chegar ao topo do mundo.

Entre os que escalam o pico mais elevado do Himalaia este ano está uma equipe singular, cujo objetivo não é chegar ao cume de 8.849 metros, mas sim, descer restos mortais esquecidos.

Arriscando a vida, já recuperaram cinco corpos congelados, incluindo um esqueleto, que depois levaram para Katmandu, capital do Nepal. Dois corpos já pré-identificados aguardam “testes detalhados” para confirmar suas identidades, disse Rakesh Gurung, do Ministério do Turismo do Nepal. Alguns serão cremados.

A missão de limpar o Everest e os picos vizinhos do Lhotse e do Nuptse é difícil, perigosa e macabra.

“Devido aos efeitos das mudanças climáticas, os corpos e os resíduos tornam-se mais visíveis à medida que a camada de neve diminui”, disse à AFP Aditya Karki, comandante do Exército nepalês que lidera uma equipe de 12 soldados e 18 montanhistas.

Mais de 300 pessoas morreram no Everest desde o início das expedições na década de 1920, oito delas na última temporada. Muitos corpos ficaram no local, alguns escondidos pela neve ou em fendas profundas.

Outros ainda são visíveis com seus equipamentos de escalada e se tornaram pontos de referência para os montanhistas que lhes deram apelidos como “Botas Verdes” ou “Bela Adormecida”. AFP

 

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