A Pesquisa Anual dos Serviços (PAS 2017), divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que em 2017 havia no país 1,3 milhão de empresas prestadoras de serviços não financeiros, cuja receita operacional líquida atingiu R$ 1,5 trilhão e o valor adicionado bruto foi de R$ 906,5 bilhões. Essas companhias empregavam 12,3 milhões de pessoas, às quais pagaram R$ 336,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.
A gerente de Análise e Disseminação do IBGE, Synthia Santana, salientou entretanto que embora a economia brasileira tenha se recuperado um pouco da recessão registrada em 2015 e 2016, a atividade de serviços não se recuperou. Analisando dados reais da pesquisa, entre 2016 e 2017 há uma queda real da receita operacional líquida de 0,2% no setor de serviços. “O setor de serviços vem encolhendo”, comentou Synthia. O número de empresas também caiu 1,7% em comparação a 2016.
Entre 2014, no período pré-crise, e 2017, a queda observada na atividade de serviços alcançou 6,9%. De 2015 a 2016, período considerado da grande recessão, alguns setores conseguiram se recuperar, mas o setor de serviços ainda refletiu o cenário de estagnação. O setor de serviços participa na prestação de serviços às famílias e às empresas. “Houve certa recomposição do consumo das famílias que ainda deu algum fôlego para a atividade, mas as empresas ainda estão revendo e replanejando suas atividades, renegociando prazos, planos de investimento e contratos. Tudo isso afeta os setores que são auxiliares à atividade principal da empresa, que seriam as atividades de suporte e prestação de serviços. Essas atividades esperam ainda boas notícias para que possam efetivar suas decisões de investimento e promover o desenvolvimento de suas atividades”, disse Synthia à Agência Brasil.
Agência Brasil
11:50:02