Da prevenção da violência de gênero e dos feminicídios às políticas prisionais, mas também ao comércio e ao intercâmbio político-legislativo, a Itália pode oferecer exemplos válidos de boas políticas para um país conturbado como o Brasil. Os dois países podem se dar as mãos.
Neste espírito, a Embaixada do Brasil em Roma sediou nesta quarta-feira (3) o I seminário Ítalo-Brasileiro de Políticas Públicas, inaugurado pelo diplomata do Brasil na Itália, Renato Mosca.
“É uma proposta dos deputados [brasileiro] Eros Biondini e [italiano] Fabio Porta, que são os presidentes dos respectivos grupos de amizade dos dois Parlamentos. Para nós é muito importante porque, quando cheguei, decidi iniciar uma nova abordagem: abrir a embaixada ao povo, aos brasileiros e aos italianos, porque esta é a nova abordagem do governo Lula. E sobretudo na questão das mulheres, porque a violência contra as mulheres é uma preocupação constante entre nós no Brasil”, explicou ele.
Por esta razão, o primeiro dos três “painéis” que se sucederam no salão renascentista do Auditório do Palazzo Pamphilj, na Piazza Navona, centrou-se no exemplo do “Código Rosa” adotado na Itália, que permite um caminho dedicado em unidades de saúde para mulheres, mas também para crianças e pessoas vulneráveis, vítimas de violência. E também no “Código Vermelho”, a lei em vigor desde 2019 que “reforça a proteção de todos aqueles que sofrem violência, perseguição e maus-tratos”. Ansa