Os preços da cebola subiram 26,59% no Brasil em novembro, apontam dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na comparação com diferentes meses da série histórica, trata-se da maior inflação do produto em três anos e meio, desde maio de 2020. À época, marcada pelo início da pandemia, os preços da cebola haviam subido 30,08%.
Considerando somente os meses de novembro, a alta de 26,59% é a maior do alimento desde 1993 (37,81%), quando o Plano Real nem havia entrado em vigor. A moeda passou a circular em julho de 1994 como parte de uma iniciativa para combater a hiperinflação no Brasil.
A exemplo de outros de alimentos pesquisados no IPCA, a cebola também ficou mais cara em novembro deste ano devido aos impactos de fenômenos climáticos extremos, segundo o IBGE.
“As regiões produtoras de cebola no Nordeste sofreram com o calor, enquanto as regiões produtoras de cebola no Sul sofreram com as fortes chuvas. Isso influenciou a oferta e se refletiu nos preços”, disse André Almeida, gerente da pesquisa do IPCA.
Ao subir 26,59%, o alimento teve a maior variação entre os 377 subitens (bens e serviços) que compõem o índice oficial de inflação. Individualmente, a cebola gerou um impacto de 0,04 ponto percentual no IPCA de novembro, que acelerou a 0,28% em termos gerais.
A contribuição da cebola foi a mesma da energia elétrica residencial (0,04 ponto percentual). Só ficou atrás dos impactos de emplacamentos e licença (0,05 ponto percentual) e passagens aéreas (0,14 ponto percentual). JBr