Uma vacina contra a clamídia está mais perto de se tornar uma realidade. Cientistas britânicos e dinamarqueses estão desenvolvendo a imunização contra a doença, que é a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS ), são 127 milhões de novos casos por ano.
De acordo com um artigo publicado na revista médica “The Lancet Infectious Diseases”, o novo estudo se mostrou seguro e eficaz na imunização. O trabalho é conduzido por cientistas da Imperial College London, do Reino Unido, e do Statens Serum Institut, da Dinamarca.
Os testes da vacina foram realizados em 35 mulheres saudáveis com idades entre 19 e 45 anos. Segundo os cientistas, o produto produziu a resposta imunológica esperada, e nenhuma delas desenvolveu efeitos colaterais graves. Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores acreditam que ainda haja um longo caminho a ser percorrido para chegar à dose imunizante.
“O resultado mais importante é que vimos anticorpos protetores contra a clamídia nos tratos genitais”, disse o autor do estudo, Frank Follmann, do SSI, em comunicado. “Nossos testes iniciais mostram que eles impedem a bactéria da clamídia de penetrar nas células do corpo. Isso significa que chegamos muito perto de uma vacina contra a clamídia.”
As participantes do estudo receberam três injeções no braço ao longo de quatro meses, seguidas de duas doses administradas através de um spray nasal nas semanas seguintes. Os pesquisadores testaram duas formulações de vacina, dadas a 15 mulheres. Outras cinco receberam placebo.
Globo
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