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A videira e os frutos

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Pouco antes de ser preso e crucificado, Jesus deu variadas instruções aos discípulos.

Em uma delas, afirmou-se como a videira verdadeira e apresentou Deus como o lavrador.

Disse que todo ramo que estivesse nEle e não produzisse frutos seria arrancado pelo Senhor da Vida.

Mas, que todo ramo produtivo seria limpado por Deus, a fim de que produzisse mais ainda.

Esses curtos enunciados ensejam vastas reflexões.

O cristão deve ser o sal da terra e a luz do mundo.

Ele precisa ser um fator de progresso e transformação nos ambientes em que se movimenta.

É indigno afirmar-se cristão e viver de forma corrupta.

Segundo as palavras do Cristo, quem está nEle precisa produzir frutos.

A oportunidade da reencarnação é valiosa.

O número dos Espíritos desencarnados é muito superior ao dos encarnados.

Cada existência é objeto de minuciosa preparação.

O Espírito analisa sua consciência, identifica suas necessidades de aprendizado e os equívocos que precisa reparar, a fim de conquistar a paz.

Auxiliado por seres mais sábios, faz um projeto de trabalho, aperfeiçoamento e superação.

Com o aval de seus mestres, pleiteia a oportunidade do renascimento, sob a promessa de fazer o seu melhor.

Assim, a vida na Terra não representa um piquenique ou um largo desfrutar de sensações.

É preciso utilizar ao máximo os recursos de que se dispõe.

As oportunidades de encarnações são disputadas e longamente reclamadas.

Contudo, ainda mais difícil é conseguir o renascimento em condições equilibradas.

Família bem formada, saúde, acesso a educação e cultura são verdadeiros tesouros.

Na maioria das vezes, representam acréscimo de misericórdia, haja vista o status de devedores da ampla maioria dos Espíritos.

Nessas condições, a Bondade Divina permite que equívocos do pretérito sejam reparados na forma de trabalho ativo no bem.

Tendo isto em mente, reflita sobre a forma como você tem utilizado os recursos com que a vida o brindou.

O mundo é melhor por que você está nele?

Você é rigorosamente honesto no cumprimento de seus deveres?

Sua vida é um exemplo de retidão para os que o rodeiam?

A bondade e a pureza marcam seus atos e palavras?

Você se preocupa com o coletivo e procura ser útil ao semelhante?

Ou apenas vive um dia depois do outro, permitindo-se tudo o que a cultura mundana reputa como normal?

Lembre-se de que é preciso dar frutos para merecer a graça de redimir-se no trabalho do bem.

Caso contrário, a vida tratará de remanejar as bênçãos da saúde, do trabalho e do equilíbrio em favor de outros mais dispostos e fiéis.

A seiva que você não dissemina secará ao seu derredor.

Conforme a imagem evangélica, a oportunidade será arrancada de suas mãos.

Pense nisso!

 Redação do Momento Espírita.
Em 16.8.2019.

10:10:02
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