Saudosismo
QUE BOM QUE ERAM OS TEMPOS DA FAIVE
No último sábado à tarde, dirigi-me ao recinto Alfredo Ellis Neto, onde dei uma tranquila volta, e me peguei em recordações das experiências que vivenciei ali durante os eventos da Faive. Uma onda de saudosismo. Realmente lamentável que esse evento tenha deixado de existir. A Faive costumava congregar a comunidade de forma abrangente, reunindo diversos segmentos produtivos, entidades, a sociedade em geral e até mesmo exibições de animais, leilões e a presença de instituições bancárias. Era um verdadeiro show de união.
Ao chegar no último sábado, deparei-me com uma configuração que lembrava um circo parcial, ou mais precisamente, um quarto de circo montado. Notei o espaço central ocupado pelo gado do rodeio, enquanto arquibancadas estavam montadas para apresentações artísticas e pouco mais. Aquilo ali poderia ter se desenrolado em qualquer terreno livre da cidade, não necessariamente no recinto.
É notável que a atual configuração destoa completamente de nosso glorioso passado na Faive. Naquela época, a celebração era repleta de esplendor. Famílias inteiras dedicavam seus sábados e domingos para aproveitar o ambiente. As pessoas almoçavam por lá e permaneciam, desfrutando do momento, conversando e explorando a rica culinária oferecida.
Havia até mesmo quem frequentasse a Faive simplesmente para sentar em um banco e observar os demais visitantes passarem, como o caso do Dr. José Hamilton do Amaral, cujo hábito era notório.
Todavia, tudo isso é parte do passado agora. O recinto, outrora animado, agora encontra-se praticamente abandonado. No último sábado, não reconheci praticamente ninguém presente; eram pessoas vindas de outros lugares. O sentimento de comunidade foi embora, o interesse evaporou. É o fim de uma era. Em futuras discussões, retomarei esse assunto. TONINHO MORÉ