Os deputados britânicos devem aprovar, nesta segunda-feira (19), o relatório segundo o qual o ex-primeiro-ministro Boris Johnson mentiu deliberadamente sobre as festas ilegais celebradas durante os confinamentos na pandemia, esperando virar a página de um escândalo bastante prejudicial para o Partido Conservador.
O debate acontece no dia em que o ex-líder conservador completa 59 anos e poderia resultar em uma sanção disciplinar que, no entanto, não teria muitas consequências.
Junto dos deputados da oposição, diversos legisladores de seu próprio partido esperam cortar assim os laços com o polêmico político de cabelo desalinhado.
Mas seus defensores projetam que Johnson voltará à disputa eleitoral apesar de tudo, aproveitando-se da perda de popularidade de seu sucessor – então braço direito e agora adversário político – Rishi Sunak, que prometeu devolver a integridade ao governo, mas está afundado em uma histórica crise pelo aumento do custo de vida que não consegue conter.
Embora tenha reacendido as divisões entre os conservadores, o relatório deve ser aprovado ao término do debate, dado que o ex-primeiro-ministro pediu a seus partidários que se abstivessem ao invés de votarem contra.
No início do debate, a ministra de Relações com o Parlamento, Penny Mordaunt, afirmou que votaria pela aprovação das conclusões e recomendações do relatório, mas não deu instruções aos outros conservadores para que fizessem o mesmo.
AFP