Hoje ele estuda psicologia na instituição privada Centro Universitário Uninorte e deve se formar no fim de 2019. Ele tem 27 anos.
Borges se nega a contar onde esteve e o que fez no período em que ficou desaparecido em 2017. Ele conta que ficou completamente “isolado da sociedade, sem contato com quaisquer outras pessoas” e que se preparou durante cinco anos para a experiência. Também diz ter carregado “alguns livros de filosofia e cabala”. “Ao longo dos dias eu lia, refletia e meditava o tempo todo a respeito da vida, do universo, da psiquê e dos seus mistérios. Meu objetivo era apenas um: autoconhecimento”, contou à BBC.
Ao ser perguntado sobre o percurso realizado dois anos atrás, Bruno Borges entende que sair de casa foi como “sair da zona de conforto” e “abrir mão das regalias com as quais estamos acostumados”. Ele compara seu feito às opções históricas de muitos “monges, profetas e sábios”.
Na época do desaparecimento, diversas hipóteses surgiram convergindo para o fato de que tudo poderia ser um golpe de marketing – para o livro lançado por Borges na época. Ele diz que isso, para ele, foi um “efeito secundário”, “mas primário para a sociedade”: chamar a atenção de todos “para as obras escritas no meu quarto e, consequentemente para a mensagem delas”.
IstoÉ
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