O dia 27 de março de 2023 nunca será esquecido por aqueles que estavam na Escola Estadual Thomazia Montoro nessa data. Em um ataque individual, um adolescente de 13 anos feriu dois professores e dois alunos e matou a docente Elisabeth Tenreiro, de 71 anos.
O incidente bárbaro que chocou São Paulo e o Brasil logo foi sucedido por diversas homenagens à professora assassinada. Nome de estação de metrô, rosto estampado em muros e até um livro de homenagem com mais de 300 mensagens. Mas quem era Bebeth?
A professora tão querida era também mãe. Sua filha, Fernanda Moraes Barros, de 48 anos, enxerga Elisabeth como uma fonte de inspiração, não só para a família, mas também para os alunos.
O sonho da minha mãe, enquanto pessoa, era transformar o mundo. Ela tinha sonho de ser professora
Elisabeth trabalhou a vida toda como química em um laboratório do Instituto Adolfo Lutz. Prestes a completar 60 anos, ela decidiu conciliar a carreira de quatro décadas com a universidade de biologia, com o objetivo de ensinar ciências a alunos do sistema público.
“Ela queria escola pública porque entendia que, se ela pudesse mudar a vida, o caminho, a trilha de um aluno que fosse, já teria valido a pena para ela. O ato de lecionar não era só lecionar, era estar próximo daquelas pessoas que são mais vulneráveis”, conta Fernanda.
E, mesmo antes de entrar na Escola Estadual Thomazia Montoro, essa veia educacional de Elisabeth já pulsava pelo corpo. Ainda no Adolfo Lutz, ela incentivou os estudos de um vigia, que anos mais tarde se tornou parte da administração do próprio instituto.
R7
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