
RICARDO MORAES/REUTERS – 7.4.2010
A enxurrada de críticas causada pelas alterações da Lei das Estatais na Câmara poderá crescer ainda mais, caso se concretizem planos em análise nos corredores do Senado, onde agora tramita o texto. Depois da redução de três anos para apenas 30 dias de quarentena para que políticos possam assumir cargos em empresas controladas por governos, há defensores de que o afrouxamento também valha para dirigentes sindicais.
A redação atual da Lei da Estatais, sancionada em 2016 depois de investigações comprovarem o uso político nesse tipo de empresa, ainda proíbe que “pessoa que exerça cargo em organização sindical” assuma cargos de diretoria e conselhos administrativos de estatais.
Um dos parlamentares que defendem a ideia de remover esse trecho é o senador Paulo Rocha (PT-PA), em fim de mandato. Sua iniciativa não é consenso dentro do próprio Partido dos Trabalhadores.
O senador Jaques Wagner (PT-BA), articulador do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva na Casa, já sinalizou que essa mudança poderá gerar forte repercussão negativa. O senador Humberto Costa (PT-PE) também é contra.
Agência do Estado
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