“A Tempestade continua e pelo jeito não vai embora tão cedo”. Essas foram algumas das palavras de Filipe Toledo ao receber o seu primeiro troféu de campeão mundial, nesta quinta, na Califórnia. Ao citar o termo, Filipinho se referiu à sua geração, conhecida no mundo do surfe como a Brazilian Storm (tempestade brasileira, em inglês). Por ironia do destino, o termo surgiu na mesma Trestles em 2011, quando um grupo de seis surfistas brasileiros surpreendeu diversos favoritos ao chegar às oitavas de final de uma etapa prime do WQS, a divisão de acesso ao Circuito Mundial.
De lá para cá, a Brazilian Storm enfileirou vitórias e títulos nas principais competições, iniciando a sua dinastia no World Tour em 2014, com a conquista de Gabriel Medina, a primeira do surfe brasileiro. Com o caneco obtido por Filipinho, o Brasil chega à marca de seis troféus nas últimas oito temporadas. Foi a primeira taça de Filipe Toledo, que se juntou a Gabriel Medina (vencedor em três oportunidades), Adriano de Souza (campeão em 2015) e Italo Ferreira (campeão em 2019), como únicos brasileiros campeões mundiais de surfe.
– A tempestade continua e pelo jeito não vai embora tão cedo (risos). A galera está quebrando, a nova geração está destruindo, tem o Gabriel, o Italo (Ferreira), o Jadson (André), o Caio (Ibelli) e os que estão chegando agora. Estamos aqui para confirmar o domínio brasileiro e eu fico muito feliz com isso – disse Toledo.
Demonstrando humildade, o novo campeão mundial fez questão de elogiar o desempenho do seu adversário na final, Italo Ferreira, que precisou superar três adversários no WSL Finals para chegar à decisão.
– Foi incrível essa final. Sendo Brasil contra Brasil melhor ainda. O Italo fez uma campanha incrível, talvez não tenha tido o ano esperado dele, como ele mesmo falou, mas ele fez o trabalho dele hoje, chegou no Finals e destruiu até chegar na final. Está de parabéns também – destacou.
Feliz com o novo status de campeão mundial, Filipinho agora quer repetir o feito de Italo Ferreira, sagrando-se também campeão olímpico. A meta é levar o ouro em Paris 2024.
– O que o Italo fez em Tóquio não tem palavras, foi algo histórico e essa é a minha nova meta. Quero ser campeão mundial, mas com calma, bateria a bateria. Vamos devagar até lá, mas vamos buscar – finalizou.
GE
11:40:03