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Mulher tenta tirar o corpo da mãe de necrotério para enterro há mais de dois anos

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Rebecca e a mãe, Deirdre Foto: Reprodução/Rebecca Rees

Uma mulher vive aflita e traumatizada à espera há mais de dois anos para dar à mãe o seu “merecido descanso”.

Rebecca Rees contou como o corpo da mãe, Deirdre Hicks, uma respeitada professora de música, ainda está em um necrotério mais de dois anos depois da sua morte.

Deirdre morreu em julho de 2020, no East Surrey Hospital (Inglaterra), onde dois patologistas apresentaram diferentes causas da morte na época, o que impossibilitou o seu funeral.

“Eu tive que repassar os detalhes da morte e você normalmente não faz isso. Você normalmente não passa dois anos olhando fotos dos intestinos da sua mãe”, lamentou Rebecca, de acordo com reportagem do “Surrey Live”.

Para piorar, os casos se tornaram mais lentos durante a pandemia de Covid-19 e um terceiro parecer, feito pelo autor do primeiro, trouxe mais questionamentos sobre a morte, deixando a liberação do corpo ainda mais complicada.

“Passo muito tempo chorando. Estou impossibilitada de trabalhar e sem renda desde junho de 2020 porque fiquei profundamente traumatizada com tudo. Estou esgotada”, desabafou a inglesa.

Como os laudos diferiam, Rebecca ficou “impossibilitada de fazer a cremação com segurança, já que, se um novo patologista precisasse examinar o cadáver, não teria como fazê-lo. Isto tem causado muita angústia não só para Rebecca, mas para toda a família.

“Socialmente é realmente inaceitável, e as pessoas colocam muita pressão para se apressar e fazer um funeral”, disse a filha. “Tive que resistir a muita pressão emocional de outros membros da família. Eu sabia que estava fazendo a coisa certa, mas é muito difícil emocionalmente”, acrescentou.

Os legistas, basicamente, discordam da causa da morte. Por lado, apontam falência renal. Por outro, hemorragia intestinal e pneumonia por aspiração. Um exame final apontou que a segunda versão parece ser a verdadeira, o que deverá liberar o corpo finalmente para o enterro, previsto para meados de outubro. Além disso, o fato de o autor do primeiro e do terceiro exame, Michael Heath, ter sido condenado por má conduta médica em 2009 ajudou a ter o seu laudo desacreditado.

Extra
10:20:03

 

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