O técnico Abel Ferreira mostrava-se calmo após o empate em 2 a 2 com o Bragantino, que o Palmeiras foi buscar após ter chegado a ficar com um 2 a 0 contra, em Bragança Paulista, pelo Campeonato Brasileiro, neste sábado (3). O técnico ressaltou que o time foi ao campo do adversário para ganhar, mas que esbarrou em uma equipe bem organizada.
Ao responder, porém, sobre as críticas de que foi alvo recentemente, Abel, como de hábito, ressaltou mais um aspecto cultural que diferencia o futebol brasileiro do português: “O Brasil tem uma doença: todos são apaixonados por futebol. É uma doença boa”, disse o técnico. “Aqui, os estratos sociais estão todos [presentes] ao mesmo nível e se juntam para ver seu time”, ponderou.
“[Em Portugal] Benfica, Sporting e Porto sempre têm mais torcedores que os da casa. Aqui não. Aqui sempre há mais torcedores locais do que nossos. Os torcedores aqui gostam muito do seu clube. É uma doença positiva, nós precisamos dessa máquina”, disse.
“No futebol e na vida, vivemos uma hora como se fosse um minuto. Queremos construir a casa do telhado para baixo. Se fôssemos todos tão exigentes como vocês são com treinadores, jogadores e dirigentes, seríamos muito melhores seguramente”, afirmou.
E finalizou: “Vou ser muito honesto. Eu nunca vi ninguém criticar a minha comissão técnica que tenha ganho tanto ou mais do que eu. Nunca vi”.
O Palmeiras volta a campo na terça (6), pela segunda perna da semifinal da Libertadores. Na ida, o Alviverde foi derrotado por 1 a 0 pelo Athletico e precisa vencer em casa para seguir para a final. Uma vitória pela mesma diferença leva o jogo para os pênaltis. uol
11:05:40