Hackers visam com ransomware governos e instituições públicas de nações em desenvolvimento da América Latina, Ásia e África. Para liberar dados e sistemas, eles exigem milhões – e têm encontrado vítimas fáceis.Num prazo de poucas semanas, cibercriminosos conseguiram colocar Costa Rica em polvorosa. Em abril, eles tomaram conta do sistema informático do Ministério das Finanças, exigindo milhões de resgate para devolver o acesso. Como as autoridades se recusaram a pagar, nas semanas seguintes os hackers retaliaram, desabilitando os computadores de quase 30 outras repartições governamentais.
As consequências se fizeram sentir por todo o país centro-americano: os sistemas fiscais paralisaram-se, salários ficaram atrasados, artigos de exportação, inclusive perecíveis, como frutas, ficaram presos na alfândega.
No início de maio, a situação era tão drástica, que o recém-eleito presidente Rodrigo Chaves declarou emergência nacional, pela primeira vez em resposta a um incidente cibernético, na história do país. Quatro meses mais tarde, as autoridades conseguiram restaurar grande parte dos serviços, porém o atentado ainda deixa sequelas.
IstoÉ
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