Educação no Brasil é praticamente sinônimo de escola pública. Da creche ao ensino médio, 82,9% das matrículas são de instituições municipais, estaduais ou federais. Isso quer dizer que, dos mais de 42,6 milhões de crianças e jovens matriculados no país, mais de 35,3 milhões estão em instituições públicas.
Pouco mais de 7,2 milhões são os brasileiros que pagam para estudar nesses níveis escolares, apenas 17,1% do total.
Esses números são os mais recentes, de 2021, segundo o Censo Escolar. Essa realidade, contudo, é histórica no Brasil.
Ainda que as crises financeiras dos últimos dos anos, e agora a pandemia de Covid, possam ter interferido na opção de famílias por escolas pagas ou gratuitas, a proporção de alunos na rede pública mantém-se, tradicionalmente, superior a 80%, conforme os dados do Ministério da Educação desde 2005.
Naquele ano de 2005, inclusive, essa proporção era ainda maior, com 86,9% das matrículas concentradas em instituições públicas. Ao longo desses últimos 16 anos, a mais alta taxa se deu em 2007, com 87,7% na rede pública. O número foi caindo gradativamente até 2015, quando chegou a 81,9% e, desde então, mantém-se próximo a esse patamar, com a recente subida da pandemia, atingindo os 82,9% de 2021.
Atualmente (dados de 2021), a menor proporção de alunos em escolas particulares é a do ensino médio, com apenas 12%. No fundamental 1 (1º a 5º ano), são 18%, e no fundamental 2 (6º a 9º ano), 15%. As creches e a pré-escola concentram as maiores porcentagens de crianças em instituições pagas. Em 2021, eram 29,8% nas creches e 18,3% na pré-escola.
FolhaPress
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