O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) vai distribuir aos trabalhadores até agosto R$ 13,2 bilhões do lucro obtido no ano de 2021. Mas esse valor não vai direto para o bolso do beneficiário. O saque só poderá ser feito em casos previstos em lei, como demissão sem justa causa, doença grave e aposentadoriade, ou em ações especiais, como o programa de saque extraordinário de R$ 1 mil.
O pagamento será depositado nas 207,8 milhões contas vinculadas ao fundo, que tinham saldo até 31 de dezembro do ano passado.
Para calcular a parcela do lucro que será depositada, o trabalhador deve multiplicar o saldo de cada conta em seu nome em 31 de dezembro do ano passado por 0,02748761. Esse fator significa que, na prática, a cada R$ 1.000 de saldo, o cotista receberá R$ 27,49. Por exemplo, quem tinha R$ 2.000 terá crédito de R$ 54,98; para quem tinha R$ 5.000 no fim de 2021, o valor subirá para R$ 137,44.
A medida aprovada pelo Conselho Curador do FGTS nesta sexta-feira (22) determinou o repasse de 99% do lucro, além da vigência para os pagamentos a partir da publicação da decisão no Diário Oficial da União. A legislação previa a distribuição do lucro até o dia 31 de agosto.
O lucro líquido do FGTS é resultante de receitas de R$ 39,3 bilhões e despesas de R$ 26 bilhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, o rendimento do FGTS, somados o lucro distribuído e a remuneração normal das contas, será 94,9% maior do que o rendimento da poupança no período. A estimativa do banco é que o índice fique em 5,83% ante os 2,99% da poupança.
Em 2021, o resultado positivo distribuído foi de R$ 8,1 bilhões, 96% do total. O repasse em 2020 foi de R$ 7,5 bilhões, equivalentes a 66,2% do resultado positivo em 2019, de R$ 11,3 bilhões.
O FGTS tem retorno de 3% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR). Sua aplicação é motivo de discussões em relação a investimentos, muitas vezes pelo fato de o rendimento ficar abaixo da inflação.
G1/Prudente
10:58:03