Luiz Carlos Motta
A prática esportiva deveria ser mais estimulada no Brasil, dada a importância que o esporte tem para o desenvolvimento humano. Quando praticado desde a infância, os benefícios são ainda maiores para a formação completa e integral do indivíduo.
A literatura médica, amparada em vários estudos, já demonstrou que crianças e adolescentes que praticam esporte têm menos risco de desenvolver doenças na maturidade, como estresse, problemas cardíacos, respiratórios e de mobilidade.
Dados mais recentes do PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios apontam que mais de 100 milhões de brasileiros são sedentários, ou seja, não realizam qualquer atividade física.
O estudo revela ainda uma distorção muito incômoda: entre pessoas sem instrução, a proporção de quem não pratica qualquer esporte foi de 91%, caindo para 64,9% entre aquelas com nível superior completo.
A mesma diferença alarmante foi constatada ao se avaliar o rendimento mensal domiciliar: entre pessoas mais pobres, que ganham até um salário mínimo, 78,7% não praticam esporte. Já entre as que ganham cinco salários mínimos ou mais, 60,2% dizem não praticar atividade física.
Rico ou pobre, escolarizado ou não, a prática esportiva no Brasil – o país do futebol – está muito abaixo da ideal. Temos condições favoráveis para que o esporte faça parte da vida da maioria dos brasileiros e esteja realmente integrado à nossa cultura, mas faltam incentivos e parcerias.
Como deputado federal e presidente licenciado da Fecomerciários, sempre incentivei a prática esportiva. Por muitos anos, competi em campeonatos de futebol de salão e sei da importância que o esporte teve para o meu desenvolvimento pessoal.
Na federação, com 71 sindicatos filiados, como presidente, apoiamos várias modalidades como basquete, corrida pedestre e karatê. Os clubes de campo dos sindicatos filiados são preparados para eventos esportivos e costumam ter agenda intensa.
Por meio de emendas parlamentares, destinamos mais de R$ 7 milhões aos municípios paulistas para projetos ligados ao esporte. Recursos usados para melhorar a infraestrutura das quadras, construir novas áreas de prática esportiva, realizar campeonatos de várias modalidades.
Indiretamente, investimos quase R$ 2 milhões em entidades de assistência social que também têm como missão a prática do esporte para salvar e transformar vidas. Como é o caso do projeto Maquininha do Futuro, no bairro São Deocleciano. Destinamos R$ 500 mil para essa instituição, que trata o esporte com o destaque que merece, com atividades para crianças e adolescentes carentes.
Para a Prefeitura de Rio Preto, enviamos mais de R$ 1 milhão para investimentos na Secretaria Municipal de Esportes. Além disso, também encaminhamos R$ 100 mil para o clube Rio Preto Weilers, de futebol americano.
Só isso não basta. Como homem público, vou defender políticas públicas permanentes para que o esporte esteja presente na vida dos brasileiros. A partir dessas oportunidades que costumam aparecer novos talentos, capazes de se destacar e transformar sua própria realidade e até das comunidades onde estão inseridos.
Duda, bicampeão do salto em distância; Carol Gattaz, medalhista olímpia no vôlei; Igor Gomes, jogador de futebol no São Paulo; Darlene, craque do futebol feminino, todos filhos de Rio Preto, são só alguns exemplos do poder transformador do esporte. Onde a vitória, muitas vezes, não depende da conquista de nenhum troféu.
Luiz Carlos Motta é deputado federal e presidente licenciado da Fecomerciários
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